31 janeiro 2013

Quanto vale uma vida? Posso parcelar? Aceita cartão?



É incrível como tudo está tão banal. Nessa semana acompanhei o julgamento do caso Patrícia Acioli. O crime aconteceu após a juíza decretar a prisão de integrantes do GAT (Grupo de Ações Táticas) do Batalhão de São Gonçalo, por ter encontrado indícios de execução em um auto de resistência - quando há morte em confronto e o policial alega legítima defesa - que resultou na morte de Diego Beline, em junho de 2011, no morro do Salgueiro.

De acordo com denúncia do Ministério Público, o assassinato de Patrícia Acioli seria uma represália às investigações feitas pela juíza contra esses PMs.

O crime, segundo o MP, teria sido articulado pelo tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira, ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo (7º BPM), e pelo tenente Daniel Santos Benitez Lopez. Os dois oficiais foram transferidos em dezembro de 2011 para o presídio federal de Campo Grande (MS).

Ou seja, policiais que deveriam proteger a sociedade se tornaram piores do que os próprios criminosos comuns. Eles recebem treinamento, são pagos pelo Estado e fazem uma barbárie desse tipo. Mas ainda faço outra observação. Todos os réus que já foram condenados até o momento pegaram cerca de 23 anos. Uma pessoa que planeja um assassinato, que forma uma quadrilha, que mata e que destrói uma família pega “apenas” 23 anos? Então dá a entender que a vida vale apenas 23 anos? Será que é isso?

Não, cumprindo metade da pena, o preso começa a ganhar benefícios. Se tiver bom comportamento então, aí que tudo desanda e ele consegue sair mais cedo. Então está tudo liberado! Matou? Não se preocupe, você vai cumprir uma pena pequena, que podemos parcelar e se quiser podemos fazer até uma promoção!

Onde esse mundo vai parar...



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